vendendo o benefício da caridade
8 ago, 2011 Deixe um comentário
Tudo que fazemos, fazemos porque, de alguma forma, somos beneficiados.
Vamos ao trabalho pela satisfação (espero) e por causa do dinheiro. Sorrimos a um estranho porque nos faz sentir bem (e, talvez, recebamos um sorriso de volta). Pegamos aquele lixo no chão quando ninguém está olhando porque dizemos a nós mesmos que ser uma boa pessoa vale o esforço.
Algumas pessoas descobriram que a caridade é uma barganha. Pelo tempo e dinheiro que isso custa, supera todas as outras coisas que poderíamos fazer para nos sentirmos melhor. Uma barganha comparada ao chocolate, ou um parque de diversões, ou comprando um carro novo que, provavelmente, não precisaríamos.
Para alguns, o benefício é que a sociedade respeita o caridoso. Erguem edifícios com os nomes deles. Para muitos, porém, a caridade anônima vale muito mais pois significa a caridade em sua forma mais pura. Uma doação vale sua paz de espírito.
Fico fascinado pelas pessoas que não vêem benefício na caridade, que, pelo contrário, vêem algum tipo de malefício. Acho que, para essas pessoas, seu ponto de vista sobre o mundo é algo do tipo: se a caridade fosse importante, melhor eu dar mais. Se isso é verdade (eles pensam), então o que quer que eu dê não me fará sentir melhor, me fará sentir pior pois não importa o quanto eu dê, nunca será suficiente. Melhor evitar tudo isso.
Penso que marqueteiros de causas que “façam o bem” tem um longo caminho a percorrer para vender essa idéia ao público sobre … a principal razão para se doar. Não doe porque você terá uma placa de honra, um prêmio ou algo do tipo. Pra mim, a grande sacada é: doe porque fazer parte da comunidade vale mais do que custa.
Tomás