yes we can
25 jun, 2009 Deixe um comentário
Não é novidade que a estratégia de internet da campanha do Barack Obama foi a mais inovadora já vista. E fica mais interessante quando observamos detalhes que foram apresentados por David Plouffe, jovem coordenador da campanha presidencial.
O sucesso está na base de CRM montada com informações dos eleitores americanos. Ela continha um detalhamento impressionante do perfil de cada eleitor, cidade, Estado. O que possibilita apontar tendências para fazer manobras locais e regionais de acordo com o cenário. Com essa base foram implementados os programas de relacionamento. As informações não eram enviadas para “todos” e sim para os representantes da campanha em cada cidades. Desta forma, os eleitores não recebiam e-mails sobre Obama de um remetente genérico, mas de pessoas próximas – tais como vizinhos, parentes, amigos.
Além da participação definitiva da internet, todas as mídias foram usadas. Nenhuma novidade aí, mas a forma coordenada e a constante “busca pelo alinhamento” como explicou David na palestra realmente foram impressionantes. Fazer com que dia após dia o tema que está em pauta no discurso seja exatamente o mesmo em todos os meios (de e-mails, passando por banners, vinhetas de rádio e TV), é algo que impressiona qualquer um que trabalha no mercado e conhece a complexidade para se fazer isso. Mais que isso: é a visão de que repartir o esforço em diversas frentes acaba por enfraquecer o objetivo máximo de construção de marca, algo que também é pouco usual no dia-a-dia de marketing.
O resultado que conseguiram prova que a força da comunicação e o uso dos meios atingem objetivos. No entanto, sem a mobilização de novos votantes, Obama poderia não ter sido o cara, pois fechou com 50% contra 49% de Mcainn quando olhamos apenas os eleitores que também votaram na eleição passada. Atingir os 50% já é um feito para quem era um ilustre desconhecido 3 anos atrás, mas a grande virada da vitória se deu na estratégia de corpo a corpo para a “aquisição” de novos eleitores. E aí, sim, o resultado foi arrasador: 71% contra 24%.
Como disse David Plouffe, “Nada é mais forte do que pessoas falando com pessoas”.
_do MMOnline
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